Análise do contexto político atual.

Pode-se visualizar nas ruas o entusiasmo e as cores das campanhas políticas para as eleições municipais de três de outubro do ano de dois mil e oito. Será um momento importante e decisivo para a sociedade, pois jamais como nos últimos tempos houve tantas denúncias de irregularidades, corrupção, de falta de moralidade e de ausência de ética nas administrações públicas. Entre nós, gaúchos, parecia haver uma certa convicção de que o nosso Estado era imune (ou quase) à escandalosa rapinagem verificada em outras regiões do Brasil.

Veio a realidade e, com ela a desilusão. As imoralidades noticiadas, ocorridas em alguns órgãos públicos, culminando com o caso do Departamento Estadual de Trânsito, expuseram a vulnerabilidade do Rio Grande do Sul à pilhagem. É esses registros negativos que não queremos ver repetido por aqui. A sociedade confia que a Justiça saberá punir de pleno aqueles que se locupletaram com a corrupção.

Neste cenário, é necessário afirmar que as eleições municipais brasileiras deste ano poderão significar, a um só tempo, escolha e depuração administrativa. A votação, por isso, deve ser precedida de muito critério, tanto ético como político, beneficiando candidatos de conduta ilibada e que tenham reais compromissos com as causas da sociedade. É prerrogativa e obrigação de cada cidadão acompanhar e interferir em todo o processo de formulação das políticas públicas, desde o início até a execução. Todos ganham com isso.

Devemos ter a consciência de que, com a eleição, podemos dar início a um ciclo de mudanças à gestão pública. Não queremos mais correr o risco de avistar, no cenário político deste país, pessoas que possam cometer a infâmia de mesclar Público com Privado. A nação clama por decência nas administrações.

Até breve!