Certas coisas são melhor vistas com os olhos fechados

Podem existir três formas de olhar o mundo:
a primeira é o olhar perfunctório descontraído: é o “ver por ver” (sem comprometimento, sem envolvimento). Essa é a forma que as pessoas, em geral, veem a clássica televisão. É o olhar do homo videns. Só enxerga o aparente do aparente (nada além disso), mas não reflete, não pensa, não critica.
O segundo olhar é o olhar da razão, é o “ver para pensar”, “ver ou ouvir para entender”, “ver para crer”. É o olhar típico do homo sapiens.
O terceiro olhar é o olhar da contemplação, é o “ver além”, “ver para sentir”, “ver ou ouvir para se emocionar”. É o ver de forma profunda, é entrar em comunhão com o que é visto, sentir o que é visto.
A esses três olhares agrega-se um quarto: o olhar da misericórdia, que significa “coração em que ainda cabe mais alguma coisa”, “em cabe o outro”, coração que não está cheio. É o ver ou ouvir o outro, sentir o outro, colocar-se no lugar do outro. A realidade (o visto) ingressa na alma de quem vê. Decorre deste quarto instituto o título do post “Certas coisas são melhor vistas com os olhos fechados”. Esse é o olhar transcendental, porque vê além dos muros individuais e consegue enxergar o outro, a realidade do outro. Nesse sentido, bem afirma Antonie de Saint Exupéry que: "só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".

Hoje só amanhã!

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